Templos, compras e comida de rua em Singapura

Fachada de prédio na Chinatown de Cingapura
Fachada de prédio na Chinatown de Singapura

Um dos roteiros turísticos mais divertidos em Cingapura é passear pelo Distrito Financeiro e os bairros étnicos. A Chinatown local é junta e misturada com o Distrito Financeiro, e ainda acolhe o colorido templo hindu Sri Mariamman, o templo do Buddha Tooth Relic e a mesquita Jamae.

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Templo hindu
Templo hindu Sri Mariamman, no bairro chinês
Os contrastes de Chinatown
Os contrastes de Chinatown

A região teve origem na época colonial, no século XIX, quando os britânicos mandavam na ilha asiática. Hoje é mais uma curiosidade local, já que a etnia chinesa é claramente dominante por toda a parte. Arranha-céus espelhados estão ao lado de prédios baixos e coloridos. Além de sedes de grandes bancos e muitos escritórios, a região tem hotéis butique e dezenas de bares e restaurantes, que ficam lotados no final da tarde. O programa é bater perna pelas ruas, parando nas lojas, inclusive de objetos de arte e antiguidades asiáticas, e nos templos. A Singapore City Gallery, que tem entrada gratuita, conta a história da ilha, e tem uma grande maquete que mostra a cidade-Estado.

Cardápio na Maxwell Road
Cardápio na Maxwell Road

Antes ou depois do passeio, almoce no que é considerado o melhor centro de comida de rua de Singapura, o da Maxwell Road, logo ao lado da galeria. É uma espécie de praça de alimentação, coberta, com diversos quiosques vendendo todo tipo de comida asiática, de dumplings no vapor ao estilo de Xangai (parecidos com gyozas) a arroz de frutos do mar da Tailândia. Todos têm cardápios ilustrados e legendas em inglês. É só escolher, pagar (pouco) e sentar em uma das muitas mesinhas ao redor. Deve ser um dos lugares mais seguros da Ásia para se experimentar comida de rua, porque o país tem leis rigorosas de higiene — tudo é limpíssimo, não só no mercado como nas ruas e em todos os lugares. O único porém é a cerveja Tiger servida à temperatura ambiente, que em Singapura está sempre em torno dos 30°C. Como opção, há sucos de frutas feitos na hora.

À noite, um lugar concorrido em Chinatown é a Keong Saik Road, uma antiga área de prostituição, hoje com hotéis butiques e restaurantes. Alguns taxistas podem fazer cara feia quando ouvem um endereço na Keong Saik Road, mas chegam até lá. Aliás, os taxistas de Singapura  recusam passageiros, reclamam do endereço, do tempo e do trânsito, ouvem música em volume alto. Mas há pontos de táxis por toda a cidade, o taxímetro funciona corretamente, as corridas são baratas (inclusive a partir do aeroporto) e o serviço é seguro. O índice de crimes em Singapura em geral é baixíssimo. O transporte público, com metrô e ônibus, também é eficiente e seguro.

Fullerton Hotel
O antigo prédio dos Correios hoje é o Fullerton Hotel

Nos arredores do Distrito Financeiro, aproveite para visitar o Fullerton Hotel, instalado no antigo prédio neoclássico dos Correios. Na direção oposta fica o Raffles Hotel, que também pode ser alcançado a pé a partir do Merlion, a estátua-ícone de Singapura, na área mais turística da cidade, Marina Bay. Batizado em homenagem a Sir Thomas Stamford Raffles, que estabeleceu um posto de comércio britânico na ilha em 1819, o bar do hotel serve o Sling (um gim tônica) mais famoso de Singapura.

Cingapura / Foto de Carla Lencastre
Cingapura / Foto de Carla Lencastre

Fachadas do Arab Quarter, ou Kampong Glam

O Raffles fica na direção de outro bairro étnico, o agradável e florido Arab Quarter, também conhecido como Kampong Glam, onde vivem principalmente descendentes de malaios. O quarteirão é cheio de lojas (muitas de tapetes, tecidos, temperos) e restaurantes em prédios baixos bem conservados, com lindos exemplos de arquitetura mourisca. Em vários locais é possível provar a murtabak, uma espécie de panqueca que pode vir recheada com carne ou sardinha. Na Muscat Street fica a maior mesquita da cidade, a Sultan Mosque, com um domo dourado.

Cingapura / Foto de Carla Lencastre
Cingapura / Foto de Carla Lencastre
Cingapura / Foto de Carla Lencastre

A mesquita e outros prédios do Arab Quarter

Singapura tem ainda uma Little India, um pouco mais distante do centro, também repleta de cores e cheiros. O mercado de secos e molhados é considerado um ponto turístico, principalmente pela variedade de frutas, legumes e verduras.

Cingapura / Foto de Carla Lencastre
Cingapura / Foto de Carla Lencastre

Fachadas coloridas em Little India

Jardim Botânico
Jardim Botânico

O Merlion também não está muito distante do início da Orchard Road, principal rua comercial de Singapura. É um shopping ao lado do outro, ao longo de quase dois quilômetros, todos eles com muitas lojas de grifes. Um dos mais impressionantes é o ION Orchard, com mais de 300 lojas em oito andares, entre elas a maior Sephora do Sudeste da Ásia, e uma imensa torre, com 218 metros de altura e alguns dos apartamentos mais caros de Singapura. Logo ao lado fica uma filial da Takashimaya, a famosa loja de departamentos de Tóquio. Tanto no ION quanto na Takashimaya, entre dezenas de grifes internacionais, há filiais do salão de chá e butique da TWG, a grife de chás nacional. No extremo oposto da Orchard Road, a uma curta caminhada, fica o belíssimo Jardim Botânico, considerado patrimônio da Humanidade pela Unesco. Não deixe de pelo menos conferir as orquídeas.

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Versão atualizada de texto originalmente publicado na revista Boa Viagem, do jornal O Globo

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