A ilha do poderoso chefão na Polinésia

Taiti / Foto de divulgação
Vista aérea do atol de Tetioara no Pacífico Sul / Foto de divulgação

Uma ilha remota de beleza natural incrível. Praias desertas e florestas com um ecossistema único. Apenas 35 villas de luxo com projeto sustentável. E uma história hollywoodiana.

Esses são os principais ingredientes de The Brando, eco-resort inaugurado há um ano no atol de Tetiaroa, no Taiti, Polinésia Francesa. Como o nome do hotel indica, a ilha pertenceu ao ator Marlon Brando. Foi seu refúgio por mais de 30 anos — Brando conheceu Tetiaroa em 1962, quando filmou “O grande motim” (“Mutiny on the Bounty”). Ainda hoje, pertence a seus herdeiros, que cederam o lugar para a construção do luxuoso resort sob a condição de que fosse o mais ecológico possível. E assim surgiu The Brando, aberto no dia 1º de julho de 2014, data de dez anos da morte do ator.

Taiti / Foto de divulgação
Piscina privativa com vista para o mar / Foto de divulgação

Cercada por uma barreira de corais, essa “ilha da fantasia” em um passado mais remoto foi um refúgio de verão para realeza do Taiti. O explorador britânico James Cook passou por lá no século XVIII. Hoje seus habitantes são alguns cientistas e os mais de cem funcionários do hotel. Só se chega a Tetiaroa em um avião para oito passageiros, em um voo de 20 minutos a partir do aeroporto internacional Fa’a’a, em Papeete, no Taiti.

As 35 villas na praia têm um, dois ou três quartos no estilo “chique simples”, decorados com materiais naturais. Cada villa tem a sua piscina privativa. As de um quarto possuem 96 metros quadrados. O sistema de refrigeração usa a água gelada do fundo do mar, uma ideia do próprio Marlon Brando. Já a água quente do resort vem da energia solar.

Fauna local na ilha do poderoso chefão / Foto de divulgação
Fauna local na ilha do poderoso chefão / Foto de divulgação

A locomoção por trilhas margeadas por coqueiros e jardins e repletas de pássaros é feita em carrinhos também movidos a energia solar, bicicletas ou a pé, é claro. Nas águas do Pacífico Sul que cercam as praias de areia branca há tartarugas marinhas, golfinhos, baleias, arraias, cavalos-marinhos (o símbolo do resort), caiaques e prachas de stand up paddle. Jet-skis e barcos a motor, nem pensar.

— É um hotel totalmente ecológico. Essa foi uma exigência da família de Brando para autorizar a construção do lodge — diz Vaima Devimeus, representante de The Brando para a França e os mercados francófonos.

À mesa, o cardápio do jantar no restaurante principal é assinado por Guy Martin, chef francês com duas estrelas Michelin do Le Grande Véfour, de Paris. Muitos dos vegetais e das frutas consumidos no resort são cultivados na própria ilha, e os peixes e frutos do mar vêm das águas ao redor. The Brando tem ainda um restaurante de cozinha polinésia e dois bares, um deles com vista para a lagoa interna da ilha e para o pôr do sol.

The Brando: Diárias para duas pessoas a partir de € 2.400 na baixa estação (de novembro a março, com exceção das semanas de Natal e Ano Novo). O valor, para um mínimo de duas noites, inclui três refeições por dia com bebidas alcoólicas e não alcoólicas, um tratamento diário no spa para uma pessoa e uma atividade esportiva ou cultural a cada dia. thebrando.com

(Versão atualizada de texto originalmente publicado na revista Boa Viagem do jornal O Globo.)

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